"Estiagem persiste e agência reguladora cobra plano emergencial da Casan".
"Há um mês, falta água em diferentes pontos da Grande Florianópolis, sem previsão de melhora".
"Falta de água motiva protesto"
"Nesta segunda-feira (12), foram registrados problemas de abastecimento em Biguaçu, no bairro Três Riachos, e em Florianópolis, no bairro Pantanal. Muitos condomínios têm recorrido a caminhões-pipa para suprir a falta de água."
"Em Palhoça, moradores fizeram nesta segunda uma manifestação em frente à Secretaria Executiva de Saneamento"
A Agência de Regulação de Serviços Públicos de SC (Aresc) cobrou um plano emergencial da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) para o abastecimento de água na Grande Florianópolis, mas a Casan admitiu, que não possui um plano emergencial para períodos de estiagem.
Política de abastecimento deve ser repensada, diz especialista
Tudo isso pode ser analisado sob a ótica de um alerta, sobre o nosso comportamento de uso com os recursos do planeta?
Os membros da Organização internacional Global Footprint Network não têm dúvidas: Os recursos naturais de 2019 já estão esgotados. E isso está sendo discutido no "dia de sobrecarga da terra", a data que alerta para a relação do consumo e a capacidade de regeneração do Planeta.
Em 2019 este dia aconteceu em 29 de julho. Ou seja, a humanidade já consumiu mais recursos do que o planeta é capaz de renovar em um ano, de acordo com a projeção feita pela organização internacional Global Footprint Network. Em 1970, por exemplo, essa data ocorreu em dezembro. Fica o alerta: a cada ano esgotamos mais rápido o que a Terra nos oferece. Para tentar conscientizar as pessoas, o Dia da Sobrecarga da Terra foi criado – e não apresenta uma data fixa, uma vez que a mesma varia conforme o consumo da população mundial.
“Nos últimos 20 anos essa data foi antecipada em três meses, sendo que desde 2001 a recorrência está interligada com a redução de três dias por ano”, afirma Renan Penasso Pacheco, analista de meio ambiente e sustentabilidade do Einstein. “Comparando 2019 com os anos antecessores o mesmo apresentou o maior recuo desde que o planeta entrou em défice ecológico no início dos anos 70. Dados apresentados pela organização responsável (Global Footprint Network) indicam que utilizamos 1,75 vezes a capacidade de regeneração dos ecossistemas, ou seja, anualmente a humanidade usa os recursos equivalentes de 1.75 planetas.”
Os efeitos do consumo excessivo dos recursos é evidente, por exemplo, na erosão do solo, escassez de alimentos, perda de diversidade e acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera.
Situação do Brasil
Nos últimos 50 anos nossos recursos naturais reduziram 9% enquanto as terras cultiváveis e as pastagens quintuplicaram e dobraram respectivamente. Ainda assim somos retratados como um fornecedor de recursos naturais, já que a biocapacidade (habilidade de continuar a produzir os recursos naturais que são consumidos pela população de um local) por pessoa supera o consumo dos brasileiros.
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein também está alinhada com o consumo consciente, com a promoção de ações. Por exemplo: na escola EMEF Zulmira Cavalheiro Faustino aproximadamente 890 alunos participaram de 17 atividades correlacionadas ao meio ambiente e sustentabilidade, possibilitando a dispersão do senso crítico em seus lares e bairros.
Outras ações estão correlacionadas aos processos de reciclagem e redução do consumo de água. “Para o primeiro processo auxiliamos a cadeia produtiva através do envio de nossos resíduos a cooperativas. Somente em 2018 foi encaminhado 1.348 tonelada, em comparação a 2014 elevamos nossa taxa de reciclagem em 34,23%.”
Em relação ao uso de recursos hídricos, a instituição aplica ações operacionais e de conscientização dos colaboradores. “Registramos uma redução de 27.698 m³ entre 2018 e 2017, o que equivale a aproximadamente 11 piscinas olímpicas”, afirma Pacheco.
Publicado em: 23/07/2019
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